fevereiro . 2016

Lenine no Jornal Público

Recife

Mais do que identidade na cultura de Pernambuco, há uma questão semântica que revela muito. Note que Pernambuco é uma palavra gigantesca e nenhuma letra se repete.

Através da “antena” de Lenine, o jornalista Manuel Carvalho fez uma reportagem especial sobre o Carnaval de Recife, festival multicultural que cruza as heranças índias, negras e portuguesas com o contemporâneo. A matéria foi publicada em duas páginas do jornal Público, de Portugal. Também pode ser lida na íntegra aqui.

Para um estrangeiro, tudo seria mais fácil se essa amálgama afro-luso-tropical se resumisse ao frevo ou ao maracatu. A realidade é muito diferente. Se há um padrão para definir a expressão cultural do Carnaval do Recife e de Olinda é o da diversidade. “Mais do que identidade na cultura de Pernambuco, há uma questão semântica que revela muito. Note que Pernambuco é uma palavra gigantesca e nenhuma letra se repete”, diz Lenine. No seu ecossistema, há por isso que considerar outras expressões populares que projectaram o estado e alguns dos seus músicos para todo o Brasil ou para o mundo. Há que falar do coco de Jackson do Pandeiro, do forró de Luiz Gonzaga, do afoxé, da ciranda e, obviamente, das ondas contemporâneas, como o manguebeat, de Chico Science (o principal homenageado deste Carnaval) e da Nação Zumbi. Como se consegue explicar toda esta diversidade? Lenine encolhe os ombros. “É difícil. Eu tenho 57 anos e não consigo.”

Com 15 anos de bagagem no Carnaval do Recife, Lenine ainda pode sentir o gosto de estrear. A convite de Naná Vasconcelos, o compositor pernambuco se apresentou pela primeira vez no cortejo que inaugura todo ano a folia recifense e esse “eterno retorno” também foi destaque na imprensa, como a entrevista feita por Rodrigo Amaral, da Revista Billboard. Confira no link: http://billboard.com.br/noticias/as-pessoas-esperam-que-eu-faca-o-que-eu-quiser-diz-o-estreante-lenine-no-carnaval-do-recife/

História anterior

Carbono em “Êta Mundo Bom!”

Mais em fevereiro . 2016