Em 2015, Lenine inicia o projeto Carbono, inspirado no elemento químico conhecido como “a base da vida”. Como em toda a sua obra, a preocupação com o planeta está mais que presente, seja na poesia ou na prática diária, como a redução do impacto ambiental de sua turnê ou a atuação junto a grupos socioambientais.
Carbono foi criado no ano seguinte a uma longa caminhada pelas cinco regiões do país, intensificada em 2013 com uma série de encontros com projetos socioambientais em 12 Estados, com participação de mais de 70 ONGs. A empreitada rendeu o livro “Encontros Socioambientais com Lenine: Música e Sustentabilidade numa só nota”.
Além de cantor e compositor reconhecido internacionalmente, vencedor de cinco Grammys latino e diversos prêmios pelo Brasil e pelo mundo, Lenine é estudioso de botânica e colecionador de orquídeas. Sua simbiose com o mar e a floresta vêm da época do ginásio, sobretudo quando começou a mergulhar ao lado de Cesar Coelho – que seria, mais tarde, um dos fundadores do Tamar – projeto de proteção às tartarugas marinhas.
Ao longo de seus 32 anos de carreira, Lenine se engajou como colaborador de grupos como o SOS Mata Atlântica, Witness (ao lado do músico e defensor dos direitos humanos Peter Gabriel), Rain Forest Alliance, ONU, WWF, Projeto Albatroz Brasil, Orquestra Sinfônica Heliópolis, Movimento Pró Criança, Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), campanha Ser Diferente é Normal, Instituto Metasocial, entre outros.
Em seu atual trabalho, Carbono, estão presentes hinos como “Simples assim” e “Quede água?”, um manifesto pela necessidade imediata de frear a destruição do planeta pelo próprio homem. Este é Lenine, com sua canção praieira e “seu violão todo de água”, como diz Maria Bethânia.