Jackson nasceu há cem anos, completados neste sábado, 31. Entre homenagens por todo o Brasil, o repórter Julio Maria escreveu em seu especial para o Jornal Estadão.
O cantor Lenine, responsável pelo terceiro nascimento de Jackson em 1999, quando lançou Jack Soul Brasileiro (a segunda havia sido em 1972, com Gil gravando Chiclete com Banana), fala sobre a divisão rítmica, o ritmo. Muitos o apontam como o maior legado de Jackson, depois da postura de respeito que ritmos novos do Nordeste ganham com a gravação de Sebastiana. Teles diz que Jackson cantava tudo como se fosse frevo. “É a minha teoria.” Lenine só vê uma comparação com os estilhaços rítmicos verbais, feitos com um impulso frenético e arrebatador. “Ele inventou uma maneira de dividir com a voz, ao interpretar as canções, que não teve paralelo. Talvez Miltinho tenha chegado mais perto nessa característica.”