Remexendo aqui no sótão – de nosso criterioso amigo Alexandre Pontes – a gente achou a capa do Acústico MTV lançado na Itália, em 2007. Diferente, não? Olha só o selo: “nuovo grande protagonista della musica brasiliana!”.
O próprio cantautor explica essa hibridização, e como isso dialoga com muita gente, independente da cultura e do lugar do indivíduo. “Eu estabeleci contato com essas pessoas, por intermédio da Internet, muito cedo. Lá em 1993 a coisa começava a fomentar, o São Google estava aparecendo na história, e a primeira coisa que eu fiz foi uma pesquisa de festivais pelo mundo. Foi assim que abriu para mim essa relação de proximidade com o mundo contemporâneo. E passei a estabelecer parcerias com russos, escandinavos, japoneses, espanhóis, os latinos todos – isso tudo muito antes da gente perceber a profundidade que essa rede nos dava. Acho que isso tem a ver pelo fato de eu ter, de uma maneira não acadêmica, feito um caminho, então foi muito natural e meio pessoal, intransferível. Acabei sendo a exceção, não o exemplo”.
Extraído de http://www.cultura.rj.gov.br/entrevistas/compromisso-com-a-estranheza