Da viola pantaneira ao afro jazz, da valsa moderna ao frevo’n’ roll: eis aí Carbono, novo projeto autoral de Lenine. Gravado de janeiro a março de 2015 entre Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Amsterdam, o disco foi lançado em abril de 2015 pelo selo Casa 9, com distribuição da Universal Music.
O álbum tem onze canções inéditas e foi produzido por Lenine ao lado de Bruno Giorgi e JR Tostoi. De volta ao estúdio e ao palco com o cantautor, o baterista Pantico Rocha e o baixista Guila aparecem também como compositores. Pupillo, Tó Brandileone e o maestro holandês Martin Fondse figuram na coprodução de algumas faixas. Marcos Suzano, Carlos Malta, Nação Zumbi, Martin Fondse Orchestra, Letieres Leite com sua Orkestra Rumpilezz e o violeiro Ricardo Vignini estão entre os que participam do projeto.
“Alotropia pura!”, diz Lenine, tomando de empréstimo o termo científico para falar sobre o repertório. Mas explica: “são as possibilidades de um determinado elemento, que se agrupando de maneiras diferentes, pode gerar outras composições. Carbono é carregado de alotropia musical. Todas as canções versam sobre o mesmo tema, mas com características diferentes na forma e na expressão”.
No repertório, “Castanho”, parceria com Carlos Posada, “A causa e o pó”, com João Cavalcanti, “Cupim de ferro”, com Pupillo, Dengue, Lucio Maia e Jorge Du Peixe, “O impossível vem pra ficar”, com Vinícius Calderoni e “Grafite Diamante”, com Marco Polo. Com Lula Queiroga, a música “O universo na cabeça do alfinete” faz a ponte com Amsterdam através dos arranjos do maestro Martin Fondse. E Dudu Falcão é coautor de “Simples assim”.
Com Carlos Rennó, Lenine compôs “Quede água” e “À meia noite dos tambores silenciosos”, que ganhou arranjos de Letieres Leite mesclando maracatu, toques como Ilu e Opanijé na sofisticada pegada da Orkestra Rumpilezz. Já “Quem leva a vida sou eu” é composição solo do cantautor nesta nova safra. Por fim, “Undo” é uma criação coletiva de toda a banda: Lenine, Pantico Rocha, Guila, Bruno Giorgi e JR Tostoi.
Carbono, embora pretexto, embora elemento, embora título, faz jus ao seu lugar na química, ciência estudada por Lenine na juventude. É liga pra tudo quanto é coisa, e suas conexões com outros átomos podem gerar uma infinidade de resultados. Do grafite ao diamante – e agora, canção. Como nos versos com o filho João: “solene, terreno, imenso; perene, pequeno, humano”.
Carbono pela crítica (muito obrigado a quem já viu e ouviu !)
“Assim é Carbono: cheio de nuances e de mãos, mas repleto de pistas singulares da mente que concebeu sua espinha dorsal” – ★ ★ ★ ★
Rolling Stone
“Com a riqueza das mil formações instrumentais (…) e alto nível poético, o disco trata da vida e da mineralidade morta” – “ótimo”
O Globo
“Artista atinge ponto alto da discografia com grande album gravado com alquimia de sons e nomes” – ★ ★ ★ ★ ★
Mauro Ferreira – Notas Musicais / O Dia
“Lenine assina mais uma joia rara contemporânea”
Folha de Pernambuco
“Cantor reafirma sua alta qualidade musical em álbum e show vigorosos”
Correio da Bahia
“Entusiasta da experimentação, o alquimista Lenine conhece a fórmula” – ★★★★
Zero Hora
“O novo repertório mantém Lenine como um dos nomes de expressão da MPB”
O Estado de Minas
“É um disco destinado a passar no teste do tempo, ao cuidado e a várias audições de hoje em diante. Um clássico moderno”
Monkeybuzz.com.br