outubro . 2011

Discografia | Chão

Rio de Janeiro

Considerado pela crítica como a “porção de verdadeira ousadia” do palco Sunset e um dos espetáculos mais inovadores do último Rock in Rio, Chão, percorreu  mais de 70 cidades do Sul ao extremo Norte do Brasil, além  de  turnês por Alemanha, Argentina, Chile, França, Itália, Holanda, Portugal e Uruguai. Em 2013 – com a celebração dos 30 anos de carreira de Lenine – foram realizados 30 projetos especiais diferentes, entre reedições de shows clássicos como “Olho de Peixe” e “Baque Solto”, espetáculos ao lado da Martin Fondse Orchestra (Holanda), Orquestra Sinfônica Brasileira, a série de shows “Inusitado – Projeto Cantautores”, na Cidade das Artes, e uma expedição ao lendário Monte Roraima,  levando Chão ao Extremo Norte do Brasil, fechando o ciclo das “comemórias”.

 

Regado a experimentações sonoras, Chão quebrou paradigmas e provou que o popular e o conceitual podem render uma combinação perfeita, lotando teatros e praças públicas, formando e renovando plateias de todos os gostos, cores e idiomas.

 

Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi e JR Tostoi, o show tem em cena os três num espaço repleto de instrumentos e equipamentos eletrônicos responsáveis por reproduzir os ruídos orgânicos que permeiam nove das dez faixas do disco, como “Chão” (Lenine/Lula Queiroga), “Envergo mas não quebro” (Lenine/Carlos Rennó) e “Amor é pra quem ama” (Lenine/Ivan Santos). Juntos, Lenine, Bruno e JR Tostoi ainda têm a incumbência de transpor os sucessos do compositor – indispensáveis – para essa nova atmosfera. “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro) e “Paciência” (Lenine/Dudu Falcão) são alguns deles.

 

Paulo Pederneiras, diretor de arte do espetáculo, criou um cenário em tons vermelhos, que ocupa apenas o chão da caixa cênica, em contraste com o entorno totalmente negro.  Três lâmpadas simples, uma sobre cada um dos músicos, compõem a cena. À equipe de Paulo somam-se Fernando Maculan e Gabriel Pederneiras.

 

Para Lenine, levar Chão ao palco é mais do que simplesmente tocar as canções do álbum. A ideia é ambientar o espaço com os sons como o canto do canário belga Frederico VI, o ruído ensurdecedor das cigarras no verão da Urca, a agoniada derrubada de uma árvore por uma motosserra, entre outros.

 

Chão, produzido e tocado por Bruno Giorgi, JR Tostoi e por Lenine, é o décimo álbum de carreira do cantor e compositor. Numa evidente opção estética – instigada pelo canto de um pássaro, que invadiu a gravação de uma das faixas – o trabalho revela-se “eletrônico, orgânico e concreto”, com dez músicas inéditas, imersas na delicada intimidade de ruídos sem edição.

 

“No início, havia apenas a palavra e meu principal significado de chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase onomatopeia do andar – que soa nasal, reverbera no corpo todo. É pessoal, passional e intransferível” – conta Lenine, explicando como surgiu a inspiração para o nome do disco e, consequentemente, da turnê.

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