Candeeiro Encantado, parceria com Paulo Cesar Pinheiro que Lenine defendeu no palco do Musicanto em 1992, levando o primeiro lugar. O cantautor falou com a coordenadora do Musicanto, Nice Richter e relembrou aquele fim de semana em Santa Rosa: “saí daí dirigindo um carro”.
“Os festivais promovem encontros, que é o melhor dos festivais, obviamente é maravilhoso ganhar, mas guardo com muito carinho de como foi bacana rever Bebeto Alves que na época também estava concorrendo e outros compositores que eu conheci naquela oportunidade e nos tornamos amigos. Eventos como o Musicanto, que acontecem em nome da arte, da expressão, deveriam ter um vírus que espalhasse estes exemplos por toda a nação”.
Lenine contou que soube do Musicanto através de um festival que participou em Avaré/SP e que os festivais tem características muito parecidas, são pessoas curiosas para conhecer os trabalhos, pessoas querendo um lugar ao sol para mostrar o que fazem e assim se percebe que a caminhada não é solitária, estão todos em busca do mesmo objetivo. “O que ficou é a lembrança afetiva e carinhosa do momento muito especial que eu vivi em Santa Rosa”.
Quando perguntado sobre a música ter sido tema do capitão Herculano, na novela Cordel Encantado da Rede Globo, ele disse que Santa Rosa é parceira dele nesse processo e que de 1992 até aqui não mudou muita coisa na sua maneira de ser, que o estilo continua o mesmo, a forma de ousar fazer da música um instrumento de transformação continua juvenil, que “a experiência (de vida) talvez seja os faróis de um carro velho voltado para trás, só dá para ver o que passou”. Para o Musicanto ele deixa um recado:
Que o festival continue fomentando este tipo de música, que seja cada vez mais amplo e que possa fazer as pessoas entenderem um pouco melhor o que é a arte brasileira de uma maneira mais abrangente diversa e plural como ela é, finaliza Lenine.