A vida pessoal e a defesa do meio ambiente se confundem na história de Romulo de Araujo Primo. Sua relação com o projeto Meros do Brasil, por exemplo, foi se desenvolvendo ao mesmo tempo que o relacionamento com sua esposa, Flora Zauli. Na época, eles eram amigos e ela o convidou para acompanhá-la no trabalho com os peixes gigantes. Hoje, ele chama a filha do casal de “peixinha”:
– Me casei há quase um ano em uma praia na vila de pescadores em Barra Nova-ES. Hoje sou pai de uma peixinha chamada Maia. Minha esposa Flora Zauli é uma mulher guerreira, batalhadora e companheira. Minha mãe, minha esposa e minha filha, hoje me mostram o verdadeiro motivo de viver: a família. Todo homem que se preocupa com o meio ambiente, com toda certeza tem mulheres muito influentes em sua vida – diz, citando sua avó Izaura Brioschi. – Ela cuidou de mim a minha vida toda, me deu toda educação e carinho que uma vovó pode dar para um neto.
Na capital, Pedro atua com outro tipo de preservação: a de construções antigas do Centro Histórico de Vitória. Ele batalha por elas desde que se formou em Arquitetura e Urbanismo e começou a trabalhar na Prefeitura de Vitória. Ali, desenvolveu Escola Multidisciplinar profissionalizante de Artes e Ofícios (EMPAO)
– Esse olhar sobre as potencialidades do Centro Histórico somado ao meu trabalho junto às Comunidades Eclesiais de Base e movimentos sociais, especialmente os de direito à moradia, levaram-me a pensar num projeto que aliasse a recuperação desse patrimônio cultural com a melhoria da paisagem urbana e a promoção de qualidade de vida dos envolvidos no processo – explica Pedro, que se descreve como um “descendente de italianos, emotivo, que fala bastante e gesticula mais ainda”. – Na hora da apresentação do projeto EMPAO Petrobras acabei me emocionado demais (vexame…), pois sempre que o apresento acabo por recordar a grande responsabilidade de um projeto que se pretende sustentável e o quanto ele realmente interfere positivamente na vida das pessoas e na minha própria vida.
EMPAO do Brasil: O projeto une cidadania e valorização do patrimônio cultural e arquitetônico no Centro Histórico de Vitória, ao unir duas demandas. De um lado, a falta de mão-de-obra qualificada para as restaurações de edificações abandonadas da região. De outro, o enorme número de jovens sem oportunidade de emprego. Assim, restauraram edificações como Capela Santa Luzia, Museu de Artes do Espírito Santo, Mercado São Sebastião.
Projeto Anfitrião:
Meros do Brasil
Com ações de pesquisa e conservação em sete estados do país, o projeto trabalha pela preservação dos meros, peixes que vivem há 100 metros de profundidade e podem alcançar dois metros de comprimento. Atualmente, vem ampliando as pesquisas para além do mero, atuando para preservar ambientes marinho-costeiros como manguezais e recifes de corais.